Como Meditar para Iniciantes
Ansiedade, depressão, pensamento acelerado, falta de foco/concentração e até mesmo ganho de peso: a meditação é constantemente indicada para aliviar esses problemas, entre vários outros que acabaria o dia e eu não teria listado todos por aqui.
Só que, apesar de sempre ter me interessado pelo tema, principalmente pela questão da paz de espírito que é uma coisa que todo mundo busca, ninguém sabia me explicar como meditar de forma satisfatória, até que eu resolvi fazer o quê? Um curso!
E olha, ao contrário do que muita gente diz, meditar não é “não pensar em nada” e existem várias formas de meditação. Ao menos no curso sobre meditação que eu fiz, a professora me ensinou coisas muito importantes em relação às “opções de meditação”. E aí, você encaixa no seu dia a técnica que você acha conveniente para o seu perfil – até claro, encontrar o seu jeitinho favorito de fazer.
Não deixar nenhum pensamento ficar fixo e obsessivo parece ser a regra básica da meditação.
Ou seja, os pensamentos vêm porque ninguém consegue ficar sem pensar em absolutamente nada. Não somos uma planta! “O não pensar em nada” que eles dizem é não se fixar/ficar remoendo nenhum pensamento. Ele veio, ok, não fique filosofando e deixe-o ir embora.
É sempre melhor encontrar um lugar confortável e de paz, em que preferencialmente você possa se sentar com a coluna ereta. Não é à toa que essa posição budista é tão famosa, sabe?
Não que exista regra em “como você deve fazer”, porém, essas posições ajudam você a não se distrair etc. Ainda que claro, pessoas preparadas consigam meditar até em meio a uma guerra!
Meditar não precisa ter a ver com religiosidade ou filosofias, ainda que muitos lugares religiosos e filosóficos a pratiquem. É apenas uma prática =)
Não pode ser deitado, Lu?
Como dito, não existe regra nesse sentido, porém, não é recomendado, porque pode ser que você queira dormir kkk. E meditar não é entrar em estado de sonolência. Nesse caso, é melhor ir tirar um cochilo mesmo.
Meditar é estar em atenção voluntária, independente do tipo de meditação que você escolher fazer (você entenderá mais até o final desse post).
1. Meditação analítica
- Exemplo: narre seu dia nos pequenos detalhes.
Ou seja, você tenta se lembrar desde a hora em que acordou até o momento atual da meditação. Ou o quanto de tempo você cronometrou e deu para fazer (muita gente gosta de cronometrar o tempo, até para poder organizar o dia, entender melhor seu progresso e afins).
Só que o grande pulo do gato aqui é, de novo: não se prender a nenhum acontecimento do dia, nem julgá-lo, mas sim apenas narrá-lo mentalmente, entende? Com o maior número de detalhes possível.
Exemplo: Hoje eu acordei com o Sol no meu rosto e meu gatinho miando. Vi que uma meia branca com bolinhas roxas no meu pé estava solta e fiquei meio agoniada com isso. Ouvi um barulho que parecia ser da porta e pensei que pudesse ser meu pai…. E por aí vai.
O objetivo que senti nisso quando fiz é, fora ver o tanto de coisa que faço no automático e nem me lembro (se não se lembrar de algo, não force e apenas continue), também aprendi a não me julgar tanto, não ficar remoendo tanto, bem como também entendi que existem coisas que posso, sim, melhorar. E ok, tomo essa nota mental e, caso ache válido, depois medito sobre esse assunto em específico (também é um tipo de meditação), volto para o foco da meditação inicial que me propus e bola pra frente.
É normal, ainda mais no início, perder o foco, se distrair ou se deixar fascinar por algo. Não relute contra isso. Apenas observe o que aconteceu, e volte.
Também aprendi que o cérebro não possui mil áreas para quando você quiser fazer mil coisas, mas sim que ele é dividido para dar conta de fazer aquelas mil coisas ao mesmo tempo, nem que seja porcamente – que é o que geralmente acontece kkk.
Ou seja, você não multiplica, mas sim divide a sua atenção quando faz esse tipo de coisa.
Sobre tomar nota mental e ter até mesmo grandes ideias enquanto está em processo de meditação:
Ao menos pra mim, ter boas ideias enquanto medito é relativamente comum e faz todo o sentido, visto que o nosso cérebro fica muito mais em paz, e a gente sabe que colocá-lo nesse estado constantemente acaba implicando em ter os famosos insights.
Se isso acontecer, tudo bem: tome uma nota mental, mas mais uma vez, não fique pensando sobre isso e continue no seu processo proposto inicialmente.
- Outro exemplo de meditação analítica é quando meditamos focados em resolver um problema específico. Só cuidado…
A meditação para resolver problemas/projetos/ideias não pode ser confundida com entrar em neuras, ou demais processos de distração e fascinação:
Quer meditar para resolver um problema? Ok. só não se perca em neuras e devaneios.
Na verdade, não é à toa que muita gente recomenda fazer uma meditação de atenção plena antes desse tipo de meditação analítica. Assim você consegue realmente meditar sobre um problema, e não remoer um problema. Percebe a diferença?
O importante é entender que não rola fazer mil tipos de meditações de uma vez (tipo começar analisando um problema e depois já estar em outro completamente diferente), até porque isso estaria mais para ansiedade mental. Foque em um objetivo por vez, e pronto, você já está meditando de forma analítica.
2. Meditação de atenção plena
Essa a gente conhece um pouco melhor e existem vários estilos e métodos.
Uma que eu fiz e gostei muito é se concentrar em um objeto durante 5 minutos e, sempre que desviar a atenção, tomar consciência disso e retornar para o exercício (mas essa parte você já entendeu, né?). Depois dá para ir aumentando o tempo à medida em que se sentir preparado.
Você também pode fazer isso olhando uma fonte de água (super amo!), alguma flor, ou demais objetos que você gosta. Pode ser até uma maçaneta de porta. Só é recomendado que o objeto esteja com um “entorno limpo”. Ou seja, sem poluições, bagunças e afins. Do contrário, as chances de você se desconcentrar para ficar olhando um sacão de lixo ficam maiores ainda.
Ou ainda você pode fazer da maneira clássica, que é prestando atenção na sua respiração. Isso envolve focar a atenção completamente nas narinas, na temperatura do ar, na sensação do ar entrando e saindo, etc.
Se for se sentar naquelas almofadas de meditação, tente se sentar de uma forma que seu joelho fique sempre apontando um pouco pra baixo, tipo para o chão: aprendi que isso te dá mais estabilidade, e assim você acabará se sentindo muito mais confortável. Tem gente que usa mais de uma almofada, aí você testa e vê como prefere.
Por fim, outra forma de meditar que aprendi foi a que quase todo mundo já conhece:
3. Meditação guiada
Essa é bem popular, principalmente no youtube onde você apenas ouve o que a pessoa fala e vai se deixando levar. Nesse caso, você teria sempre que seguir os direcionamentos da pessoa que está guiando aquela meditação. Então, pode variar a proposta, claro.
Eu gosto muito das da Louise Hay, e vou indicar uma para dormir, porque sei que muita gente sofre com a insônia. Mas você pode pesquisar no Youtube e ver com qual sua alma se identifica mais. Existem várias opções e para vários objetivos diferentes por lá.
É isso, lembre-se que esse texto é da visão de uma aluna, não de uma profissional, ok?
Fiz pensando em ajudar pessoas leigas que podem precisar de ajuda básica, tal como eu precisei.
Enfim, se te ajudou a entender um pouco mais sobre esse mundo meditativo, compartilhe com alguém que possa estar precisando e boa meditação!
Veja também sobre como ter ânimo para se arrumar em casa.
Para mais conteúdos inéditos, acompanhe também no Instagram – Youtube – Faceb
Deixe seu comentário ou dúvida: