Quem me acompanha no Instagram sabe que, vez ou outra, peço para os seguidores e seguidoras mandarem perguntas e dúvidas sobre beleza, autoestima, ou até mesmo relacionamentos (visto que nasci como conselheira amorosa nessa internet). Eis que veio a seguinte dúvida:
Como perder a vergonha de usar biquíni, decote e short curto?
Enfim, roupas “sensuais” ou que mostram um pouco mais de pele como um todo. Nisso eu conclui que não existe um segredo único para todas as mulheres. Porém, existem sim norteadores que poderão nos fazer bem e, no nosso tempo, chegar às nossas próprias conclusões finais.
Qual é o seu estilo de verdade? Ou seja, com qual você mais se identifica no momento?
Essa pergunta parece boba, mas de boba não tem nada. Muito pelo contrário, ela é extremamente importante.
Pense comigo:
Você gosta mesmo desse estilo de roupa, ou apenas gostaria de usá-lo por algum motivo?
Pergunto isso porque é comum uma mulher ver outra mulher com um estilo que ela gostaria de ter (não necessariamente um sexy, mas foi o que a seguidora perguntou e por isso abordarei mais por aqui), mas que não é necessariamente o estilo que ela se identifica, sabe?
Seja por causa da sua personalidade, jeito que se sente mais confortável, ou até mesmo jeito que sente que seu corpo está sendo mais valorizado. Sempre a depender do estilo, bem como do gosto pessoal de cada uma, claro.
Ironicamente ou não, da mesma forma que tem gente que se sente mega confortável de biquíni, tem gente que se sente a pessoa mais sexy do mundo de moletom. Ou seja, é necessário pensar além dos clichês do “roupa justa é desconfortável e a mais folgadinha é confortável”. Por muitas vezes, conforto tem mais a ver com como você se sente dentro da roupa, do que com a roupa em si, já percebeu isso?
Lu, já pensei e eu me identifico/gosto de biquíni, decotes e afins, só falta a coragem de usar
Se esse é o seu caso, diria que talvez nem te falte tanto a coragem, mas sim o hábito mesmo, sabe?
Quando uso algo que não estou acostumada, também me sinto meio estranha, e nem precisa ser um biquíni, decote, ou alguma roupa justa.
A dica aqui é: simplesmente use, use e use que, quando você menos esperar, se sentirá estranha é do seu jeito antigo kkkk. A não ser que você sempre intercale vários estilos que você gosta, o que não deixa de ser uma forma sábia de se preparar para se sentir confortável com todos eles.
Te incomoda o olhar dos homens ou de outras pessoas quando você está com uma roupa mais curta, justa, ou sensual?
Olha, por experiência própria, posso te dizer duas coisas:
Primeiro, muitas vezes, as pessoas nem estão te olhando como você pensa, mas sim você que está se olhando e se julgando o tempo todo.
Lembra também que, se você sair na rua super procurando olhares, buscando ver quem está te olhando ou deixando de olhar, pode ter certeza que, mesmo de burca, muita gente começará a olhar mais para essa menina “estranhona” que tá encarando todo mundo.
Segundo, tem gente que é mais tarada mesmo, independente do seu tipo de roupa. Nesses casos e, por muitas vezes, vira também uma questão de guerra que você está disposta a lutar no dia.
Eu, por exemplo, sei que a forma que me visto não quer dizer que eu seja uma pessoa mais fácil ou mais difícil só porque estou com roupa curta ou com um casacão. Porém, sei que vivo em uma sociedade e tem gente que pode interpretar assim.
Nesse caso eu escolho minha guerra. Ou seja, tem dia que saio o mais simples possível, e inclusive sem make, nem um cabelo super, porque definitivamente não quero atrair olhares. E esses olhares não são necessariamente apenas dos homens, mas das pessoas mesmo, sabe? Ao menos no meu caso, por ter um cabelo cacheado e amar um volumão, às vezes só de soltá-lo já causa uma interação que nem sempre quero ter, rsrs. E óbvio, nem sempre as pessoas nos olham com maldade, julgando mal, ou qualquer outra coisa do tipo.
Nisso tem dia que minha guerra é apenas passar desapercebida. E a sua?
Outra dica legal…
Se acostume a usar biquíni na praia. Depois você vai mais além
Qual é o lugar que uma menina de biquíni seria vista como uma menina comum, a mais comum possível? Na praia, oras! Seja porque todo mundo está lá de biquíni, seja porque todo mundo está lá para se divertir, seja porque todo mundo está lá para ver o que realmente importa no dia: o sol, a areia e o mar!
Nesse caso, recomendo que não se ache tão importante assim. Ou seja, pare de pensar que tá todo mundo se importando mais com o seu corpo do que com a praia e o tio da cerveja que não passa.
Não é questão de se colocar pra baixo, mas sim de se lembrar que o mundo não gira apenas ao redor do seu umbigo e de “Oh, meu Deus! Todo mundo está olhando suas celulites!”
Não, não está.
E se alguém estiver, provavelmente é porque tem mais celulites do que você e quer ficar se comparando, rs.
Um corpo é só um corpo
Você está em um concurso de modelos? Todo mundo ao seu redor tem zero gordurinhas, zero celulites e um corpo mega, super perfeito?
Certamente não. Nem as modelos o possuem, só para lembrar.
No mais, aposto que a maioria dessas pessoas “imperfeitas que você conhece”, tipo sua melhor amiga ou vizinha, usa vez ou outra short curto, decote ou biquíni. E usam felizes da vida, rebolando o que alguns mal amados chamariam de pelancas e só se importando em ser feliz.
No mais, sei que parece papo de vó, mas lembre-se do tanto de utilidade que seu corpo tem, a começar por te locomover, te fazer dançar, rir até a barriga doer, e coisas que vão muito além e são muito mais importantes do que seu peso e/ou a distribuição dele.
E claro, se quiser emagrecer, ser mais forte ou sei lá o quê, lembra que sempre ter que se aceitar como você é pode ser tão tóxico quanto qualquer outro padrão de beleza imposto pela sociedade.
Não quer se aceitar? Então não se aceite! Porém, sem vitimismo e sem sentir pena de você mesma. Reconheça os seus pontos fortes e vamos à luta para melhorar o que você gostaria – e sabe – que pode fazer melhor.
Esses vídeos também podem te ajudar:
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